A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) concordou em aumentar a produção de petróleo em mais 100 mil barris por dia em setembro, atendendo a pedidos de grandes consumidores e aliados, como os Estados Unidos, que há meses desejam ver aumento significativo nas produções e uma consequente baixa nos valores do petróleo. Em junho deste ano, a OPEP+ já havia chegado a um acordo para aumentar a produção diária pelos países membros, passando de 432 mil para 648 mil barris de petróleo nos meses de julho e agosto.
A pandemia, somada à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ocasionaram altas sucessivas no preço do barril do petróleo, deixando-o acima de US$100,00 o barril, algo que não ocorria há 8 anos no mercado. Contudo, após a decisão da OPEP+, o valor do barril de petróleo entrou em queda. Na Nymex (New York Mercantile Exchange), o barril fechou com baixa de 3,98%, sendo negociado a US$ 90,66, logo após o anúncio do aumento na produção. Por sua vez, o do Brent teve uma queda de 3,74%, atingindo US$ 96,78/barril.
A tendência é que os valores baixem ainda mais, podendo chegar a menos de US$ 90,00, marca vista pela última vez em fevereiro deste ano, antes das invasões russas à Ucrânia. A insistência dos aliados em ver a baixa nos valores é motivada, inclusive, em represália aos ataques em território ucraniano pela Rússia, que se aproveita da alta do petróleo para mitigar os efeitos dos embargos impostos ao país.